O Mercado de Arte
Tati&Arte&Manha
são categorias aceitadas pelo Museu de História Nacional que exista um mercado de arte e um mercado secundário.
O mercado de arte - compradores e vendedores profissionais e os mediadores, os sedutores céticos, poderosos e imprescindíveis - define consensos, regras e trânsitos, organizando e viabilizando identidades. Disputas e fluxos dos objetos definem etapas e fases fundamentais nas histórias de vida de artefatos e pessoas. O mercado secundário - o das revendas de valores históricos-científicos-estéticos consolidados, evidenciam mais ainda isto.
Antropologicamente, identidade é um processo de construção, desconstrução e reconstrução relacionais.
Perceber o potencial que os objetos têm para entrarem e saírem de determinadas categorias é relacionar a biografia cultural de bens específicos com a história social de uma classe ou tipo de coisa, para o que deve-se examinar a trajetória total de um artefato de sua produção ao consumo: troca/distribuição/circulação, podendo cruzar fronteiras culturais e sistemas de significado. A demanda é, portanto, uma função de uma variedade de práticas e classificações sociais que incluem a intervenção de mediadores e formadores de gosto - um comunicador para o consumo resultante.
Leilões e feiras de arte são arenas sociais, intra e entre unidades culturais, uma dimensão processual na elucidação das histórias de vida dos objetos.
O luxo luso-brasileiro oitocentista é percebido pela clientela destes bens de alto valor singular como o cruzamento dos conceitos de suntuosidade e afirmação estamental, originária no barroco, em uma concepção hedonista de usufruir o que o mundo oferece de mais prazeroso e confortável.
Na concepção de Arjun Appadurai (1986), citada repetidamente nas reflexões do antropólogo brasileiro Roberto de Magalhães Veiga (2012), a trajetória dos artefatos é rica e atribulada no desempenho de múltiplas funções e papéis: semióforo, mercadoria, obra de arte, peça de coleção, relíquia do passado histórico, objeto de culto religioso, reserva monetária, caução, penhor de amizade e de alianças político-ideológicas, sinal diacrítico de uma identidade, aplicação financeira, etc..
A conjuntura econômica, política e social da virada do século XX para o XXI na prática de colecionar define:
(1) por arte: novas realizações que desautorizam antigos "enquadramentos estéticos". Novas tecnologias de comunicação e informação como vetores de impacto social no mundo da arte. São novos a bricolagem virtual, a propriedade intelectual, a pirataria digital, redefinição do público e do privado na sociedade em rede, modificação do consumidor, fetichismo da subjetividade - opções de campo.
(2) mercado secundário de arte (leilões) deixou o mercado primário de arte (compra e venda profissionais) em segundo lugar.
Na atual conjuntura capitalista globalizada e digitalizada da sociedade de consumidores, colecionar é pensar bens em uma determinada situação em diferentes pontos de suas histórias de vida, na qual, a análise processual avalia como num particular contexto bens desejados pelos colecionadores são apropriados e classificados coletivamente pelos agentes sociais. perceber a complexidade, possibilidades e riscos embutidos nos processos de demanda e consumo descrevem a história de vida dos objetos e requerem estudos quanto à sua formação, transformação e dispersão nas coleções.
Formaram-se e desenvolveram-se as coleções papais, reais, nobres e burguesas, todas elas expressando uma escala ampliada de riqueza, entesouramento de classes sociais portadoras de poder político e valores ideológicos e culturais produtores de processos de legitimação da nova ordem social. A concentração do poder político conduziu à formação dos Estados nacionais, resultado da revolução cognitiva nos campos científico e tecnológico e artístico denominada Renascimentos. Na história da arte, a modernidade é a passagem do século XIX e sua produção acadêmica para o século XX. A economia capitalista assume o consumo de massa enquanto a sociedade assume a metrópole como lócus privilegiado da cultura urbano-industrial. O eixo antes hegemônico do capital cultural do mercado deixa a Europa na segunda metade do século XX em favor dos E.U.A. que, a partir de 1950, consolida-se como exportador para a Europa e os países periféricos como o Brasil, que, nesta época, apenas está começando a constituir museus no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Na atual conjuntura capitalista globalizada e digitalizada da sociedade de consumidores, colecionar é pensar bens em uma determinada situação em diferentes pontos de suas histórias de vida, na qual, a análise processual avalia como num particular contexto bens desejados pelos colecionadores são apropriados e classificados coletivamente pelos agentes sociais. perceber a complexidade, possibilidades e riscos embutidos nos processos de demanda e consumo descrevem a história de vida dos objetos e requerem estudos quanto à sua formação, transformação e dispersão nas coleções.
Formaram-se e desenvolveram-se as coleções papais, reais, nobres e burguesas, todas elas expressando uma escala ampliada de riqueza, entesouramento de classes sociais portadoras de poder político e valores ideológicos e culturais produtores de processos de legitimação da nova ordem social. A concentração do poder político conduziu à formação dos Estados nacionais, resultado da revolução cognitiva nos campos científico e tecnológico e artístico denominada Renascimentos. Na história da arte, a modernidade é a passagem do século XIX e sua produção acadêmica para o século XX. A economia capitalista assume o consumo de massa enquanto a sociedade assume a metrópole como lócus privilegiado da cultura urbano-industrial. O eixo antes hegemônico do capital cultural do mercado deixa a Europa na segunda metade do século XX em favor dos E.U.A. que, a partir de 1950, consolida-se como exportador para a Europa e os países periféricos como o Brasil, que, nesta época, apenas está começando a constituir museus no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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